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Você já ouviu falar em cirurgias reparadoras? Vou te explicar um pouco mais sobre esse tipo de cirurgia nessa postagem!

Se você está aqui, imagino que já saiba o que é uma cirurgia plástica. Afinal, o Brasil é um dos países líderes neste tipo de cirurgia e nós ficamos atrás apenas dos Estados Unidos.

Muitas dessas cirurgias têm caráter estético – ou seja, são para deixar algum aspecto do corpo mais bonito. Exemplos são: Lipoaspiração, implante de silicone nos seios, cirurgia da pálpebra, abdominoplastia, lifting e/ou redução de mama, rinoplastia, entre outras.

Isso faz bastante sentido, afinal, as questões estéticas estão intrinsecamente ligadas ao bem-estar e a autoestima.

Além disso, a cirurgia plástica virou algo quase cultural em nosso país. Homens, mulheres e até mesmo crianças passam pelos procedimentos e obtêm resultados excelentes, que transformam suas vidas.

O que são cirurgias reparadoras?

Segundo uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), pelo menos 40% das cirurgias plásticas realizadas no Brasil tem o objetivo de reparar alguma malformação.

Como eu mencionei antes, essa malformação pode ser congênita ou adquirida ao longo da vida em acidentes, doenças como câncer, traumas, alterações no desenvolvimento, etc.

A cirurgia reparadora é uma intervenção cirúrgica por motivos médicos. Portanto, antes de pensar na parte estética, é necessário focar na saúde, bom funcionamento físico e também mental do paciente, pois ela é tão crucial como qualquer outra cirurgia.

Esse tipo de procedimento busca aprimorar e/ou recuperar funções perdidas ou comprometidas do paciente, restaurando-as da melhor maneira possível.

1. Reconstrução da mama

A remoção parcial ou total das mamas para prevenir ou tratar o câncer é uma cirurgia que costuma ser agressiva para as mulheres. Por isso, a reconstrução é muito importante para a autoestima e para a superação de traumas.

É preciso analisar cada caso. Alguns pacientes são aptos para passar pela cirurgia da remoção da mama e da reconstrução de uma vez só. Outros, precisam aguardar alguns meses para passar pelo procedimento. O médico mastologista é quem irá julgar o bem-estar do paciente.

A cirurgia da reconstrução da mama é feita com enxertos de tecido da própria pessoa, retirados de outras partes do corpo. Há também a possibilidade de utilizar próteses de silicone. É a equipe médica que irá pensar na melhor maneira para cada paciente.

2. Cirurgia bariátrica

Como esse procedimento faz o paciente perder peso muito rápido, é normal que a pele sofra os efeitos.

O excesso de pele causa grande incômodo nos pacientes, afetando diretamente a autoestima. Além disso, a higiene muitas vezes também é afetada, causando problemas de pele.

A lipoaspiração, abdominoplastia e dermo lipectomia são recomendados nesse caso.

3. Câncer de pele

A cirurgia para remover o câncer é muito delicada e pode deixar algumas cicatrizes ao longo do corpo. A cirurgia reparadora reconstrói as lesões e tenta devolver a integridade da pele.

O procedimento consiste em remoção da lesão, que pode ser seguida de uma sessão de congelamento. Se for necessário, ainda, o profissional pode optar por utilizar o tecido saudável de outras partes do corpo também.

Dependendo do caso, é feita uma anestesia local ou geral.

4. Reparação de Lábio Leporino e Fenda Palatina

As fissuras de lábio e palato são a malformação congênita mais comum no rosto. A criança pode apresentar apenas uma fissura de lábio, uma fissura de lábio e palato ou apenas a fissura do palato.

Muitos pais já querem operar assim que a criança nasce, mas a cirurgia para correção de fissuras não costuma ser realizada em bebês recém-nascidos.

Alguns objetivos básicos devem ser alcançados em uma cirurgia para correção da fissura labial e o restabelecimento da harmonia estética da face:

  • Reconstrução do sulco entre a gengiva e o lábio;
  • Reconstrução do assoalho nasal;
  • Reconstrução da pele e da vermelhão dos lábios.

5. Correção de Craniostenoses ou Craniossinostoses

A craniostenose é a fusão prematura de uma ou mais suturas cranianas, tendo como consequência uma deformação do crânio.

Essa malformação pode ser responsável por um conflito de crescimento entre o crânio e o encéfalo que pode deixar sequelas, notadamente visuais e mentais.

A cirurgia para correção de uma craniostenose pode ser realizada em qualquer idade, incluindo adultos. No entanto, o primeiro ano de vida é o período mais favorável às intervenções cirúrgicas.

Atenção: é necessário avaliar cada paciente e cada deformidade craniana isoladamente e determinar o melhor período e técnica a ser utilizada conforme cada caso.

6. Reconstrução de Orelha

A reconstrução de orelha pode ser necessária quando há um defeito congênito de sua formação. Também há casos de quando a orelha tinha um padrão comum, mas sofreu algum tipo de trauma que alterou sua conformação natural.

Ao longo dos anos, diversos cirurgiões forneceram inúmeras contribuições para o desenvolvimento da técnica de reconstrução de orelha.

A maioria dos cirurgiões defende que o processo seja feito em múltiplos estágios, realizando a reconstrução usualmente em 2 ou 4 tempos operatórios, conforme a técnica selecionada.

Apesar da ansiedade dos pais e da própria criança para a cirurgia, a orelha não deve ser operada antes dos 7 anos de idade.

Antes desse período, a orelha ainda se encontra em crescimento e qualquer tentativa de reconstrução não vai ser precisa em mimetizar o tamanho definitivo que a orelha ainda vai alcançar. Ou seja, a cirurgia prematura pode deixar a orelha ainda deformada.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor serão as opções de recuperação e reparação.