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Cirurgias plásticas reparadoras e reconstrutivas podem ser parte do tratamento para recuperar funções no organismo, corrigir deformidades congênitas ou adquiridas depois de um trauma, acidente doméstico ou urbano, assim como reparar resultados de um outro procedimento cirúrgico ou devolver a integridade de órgãos por conta de um tratamento, por exemplo.

Sim uma infinidade de procedimentos, de caráter funcional e estético, e que se enquadram nessa definição. E muitas vezes este tipo de procedimento é, para o paciente, uma forma de apoiar o paciente no processo de recuperação de uma doença ou evento que gerou impacto clínico e psicoemocional.

Quer um exemplo? A cirurgia de reconstrução mamária depois da luta contra o diagnóstico e tratamento contra o câncer, por exemplo. É aí que a cirurgia plástica revela uma beleza além daquela que se materializa no corpo: o poder de ajudar a recuperar a autoestima.

Além do que se vê

O Brasil é um dos países em que mais se realizam procedimentos estéticos, cirúrgicos e não cirúrgicos, mas muita gente não imagina a quantidade de pessoas que recuperam a saúde e recorrem aos especialistas para finalizar tratamentos difíceis e retomar sua rotina, o trabalho e a vida.

Para se ter uma ideia, o último Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), do período de 2014 a 2016*, mostrou que 664.809 cirurgias reparadoras foram feitas no Brasil. Os procedimentos mais realizados foram – nesta ordem:

  1. Pós-bariátrica, as cirurgias plásticas reconstrutoras removem o excesso de pele e de tecidos gerados por conta do processo de emagrecimento, corrigindo inclusive a flacidez cutânea.
  2. Reconstrução mamária, que habitualmente é indicada depois de uma mastectomia (retirada total ou parcial das mamas) de remoção de um câncer de mama.
  3. Revisão de cicatrizes, quando a indicação médica permite realizar a diminuição de cicatrizes e também objetiva melhorar a textura dando firmeza e trazer o tom de pele para a uniformidade.
  4. Acidentes urbanos, ou seja, que podem ser causados pelo trânsito, quedas e até a violência. O cirurgião plástico avaliará as possíveis técnicas a partir da gravidade, tipo de caso e área afetada. O acompanhamento do cirurgião plástico e as consultas médicas determinarão o procedimento a ser indicado, individualmente.
  5. Ginecomastia, a retirada do excesso de gordura localizada das mamas masculinas por conta da condição de crescimento ou desenvolvimento anormal das glândulas mamárias, também pode ser considerada uma cirurgia plástica reparadora.
  6. Queimaduras que demandam cirurgias com enxertos de pele (partes de tecido saudável) ou retalhos (pele implantada e tecido irrigado por artérias nas áreas afetadas) são procedimentos cirúrgicos reconstrutivos.
  7. Acidentes domésticos, como os urbanos, podem demandar cirurgias plásticas reparadoras e reconstrutivas, com indicação médica expressa e abordagem ultra individualizada.
  8. E as fissuras labiopalatinas, que podem ser reparadas por técnicas que fecham a fissura no lábio superior (lábio leporino) ou a perfuração do céu da boca (fenda palatina). Restauradoras da função, estas cirurgias plásticas também são definitivas para uma aparência mais equilibrada e harmônica.

*Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) – 2014 a 2016:

http://www2.cirurgiaplastica.org.br/wp-content/uploads/2017/12/CENSO-2017.pdf